Crianças adultas criando caso…(e uma filha!) 
Sim, eu tenho vontade de desistir! Sim, eu tenho vontade de jogar o casamento para o alto e isso faz toda a diferença!
Aliás, diferenças são muitas: de crenças e valores, de idade, de criação… Diferenças de metabolismo, de idealismo, de todos os “ismos” possíveis e imagináveis e alguns “ismos” só nossos, tais como: o marianismo (falar demais da filha), o calaboquismo e o securismo sexual (acho que vocês conseguem imaginar de onde esses ismos vêm, mas podem perguntar!).
Acontece que todas as diferenças são motivo para briga. Uma delas em especial. Quando você se casa com alguém onze anos mais nova que você, chamá-la de infantil é uma ofensa mais profunda do que se ela fizesse o mesmo com você. E olha que eu sou, em muitos aspectos, infantil aos 35…
Frases como “Parece coisa de criança!”, “Aprenda a se portar como adulta!” ou “Quer um biscoito de ursinho?” são mais graves do que palavrões ou xingamentos. São uma ligação direta ao já comentado: “Então, por que você se casou/está casada/quer continuar casada comigo?”.
Por outro lado, toda vez que digo a minhas amigas e amigos que idade não significa nada, que , na verdade, a Anne é mais madura do que eu para muitas coisas, sinto um certo ar de: “Ok, se isso te faz sentir melhor!”.
Mas o fato é que, realmente, a idade não influi em nada, além do fato de que eu vivi mais coisas do que ela. Parece muita coisa, mas pode não ser. Especialmente, em épocas de hiperatividade – quando se faz muito, mas sem muita conexão com o que se faz.
Só sei que o infantilismo sempre surge em nossas brigas e ofende mais a ela do que a mim.
Infantilmente, eu penso em chutar o balde das muitas coisas lindas que temos e me sinto mal, logo depois…
Mas acontece que o casamento não teria a menor graça se não fosse o eterno responder á pergunta mais temida: “Por que estamos casadas e por que (se é que) queremos continuar?”
Hoje, passada a tempestade, disse que queria seguir porque a amo.
E ela aceitou até a próxima vez.
